Depois de tanto fazer tempestade estou branda novamente. É uma nostalgia maluca, que hora me deixa calma a pensar, e outrora desesperada a gritar socorro para quem tiver coragem de se aproximar. Hoje eu escolho o que é certo ao invés do que é fácil, hoje eu digo não pra tudo que não for de coração. (Mariana Romariz)
Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja. Clarice Lispector
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